segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Frango sunshine (21/09/2006)


Ótima receita que peguei do blog Momentos da Minha Vida! Assim como a Karen, usei tomates pelados no lugar do catchup e ficou muito gostoso com os pedacinhos de tomate. Por pouco não salgo demais o frango, apesar do aviso na receita. Por isso, nem apurei o molho depois para não ficar mais salgado ainda. Mesmo assim, o molho ficou bem encorpado, saboroso e levemente adocicado. Da próxima vez que fizer este frango, acho que nem vou adicionar mais sal, só com o shoyu já é o suficiente. Obrigada, Eliana, pela excelente receita!

Frango Sunshine

1 kg de coxas e sobrecoxas de frango
1/2 xícara de shoyu
1/4 xícara de mel
2 colheres (sopa) de óleo vegetal
1/2 xícara de catchup (usei tomates pelados em lata em pedacinhos)
2 dentes de alho amassados
sal a gosto

Coloque o frango numa tigela e reserve. Numa outra vasilha, misture todos os ingredientes do tempero, só tome cuidado com o sal porque o shoyu já é salgado!!! Fica um molho bem grosso. Despeje sobre o frango e envolva bem no tempero. Deixe na geladeira de um dia para o outro (12 horas). Leve para assar em forno pré-aquecido à 200oC por cerca de 1 hora. Vire os pedaços de frango na metade do tempo. Retire o frango da assadeira e despeje o molho numa panelinha. Leve ao fogo médio para engrossar (cerca de 5 a 10 minutos), junte mais água se necessário. Despeje o molho por cima do frango e sirva acompanhado de arroz branco, uma salada verde e estas batatas fritas. Uma refeição deliciosa! Adorei!



Batatas Fritas à Moda da Mamãe

Amo batatas de paixão! Pode ser purê, cozida, assada, na salada... mas confesso que meu fraco são batatas fritas!!! Quando vi esta receita no blog da Miki, meus olhinhos já brilharam e minhas lombrigas ordenaram, "FAÇA"!!!rss
Achei o modo do preparo um pouco diferente e fiquei curiosa quanto a sua textura. Fritando em fogo lento, as batatinhas ficam estufadinhas, como pequenas almofadas. Por fora fica uma casquinha firme, sem ser crocante, e por dentro, bem macio. Nem preciso dizer que A-DO-REI!!!! Desta vez não coloquei alecrim, estava em falta aqui em casa. Salpiquei só um pouco de salsinha para dar uma cor. Acho que um verdinho deixa qualquer prato bem mais apetitoso. Miki, obrigada pela dica!

3 a 4 batatas inglesas
sal e alecrim a gosto
óleo o quanto baste

Descasque as batatas em corte em cubos grandes. Salgue e deixe descansando por uns 15 minutos. Despreze a água que se formou. Seque bem as batatas num papel toalha.
Aqueça o óleo bem quente em uma frigideira grande. Coloque todas as batatas de uma só vez. Assim que as batatas formarem uma fina casquinha (não é preciso dourarem, apenas perderem a aparência de crua), abaixe o fogo e tampe a panela. Deixe cozinhar em fogo lento até ficarem macias. Mexa de vez em quando.
Retire, escorra o excesso de óleo em papel toalha, corrija o sal e salpique o alecrim.

Bolo de milho super caseiro (16/09/2006)


Esta receita é o par perfeito para uma boa xícara de café fresquinho. Por levar milho in natura, seu sabor lembra aqueles bolos de interior, preparados com milho ralado...hummmm! O milho daqui tem a casca bem fininha e, por isso, não deu para sentir bem o bagaço. Nada contra o bagaço, muito pelo contrário, gosto de sentir sua "mastigância" (olha a nova palavra de novo...rsss).
A receita peguei do divertido e educativo blog da Dadivosa. Muitas receitas e dicas para o nosso dia-a-dia na labuta doméstica.
Olha, segui à risca o conselho de não desenformar logo que tirar do forno. Esperei amornar, tirei da forma, ok...beleza, caiu inteiro no prato, mas na hora de cortar, ele se esfarelava todinho, tal a fofura dele! Depois de frio, ele fica mais firme e diria até que lembra o sabor de pamonha!
Abaixo segue a receita original, apenas adicionei uma pitadinha de sal à massa. Segunda a Palmirinha Onofre, o sal dá um realce de sabor em qualquer bolo ou sobremesa preparada com milho. Obrigada, Dadivosa, por compartilhar conosco esta delícia! ;)

Bolo de Milho Super Caseiro

* medida da xícara usada foi de 250ml

1 xícara de milho verde debulhado
100g de manteiga ou margarina sem sal
1 xícara de açúcar
2 ovos
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1/4 xícara de iogurte natural
uma pitada de sal

Unte com manteiga uma forma de buraco no meio, polvilhe fubá e reserve.
Pré-aqueça o forno em temperatura média (180oC).
Bata o milho no liquidificador até virar uma pasta. Não é necessário adicionar nenhum tipo de líquido, vá batendo no modo pulsar que ele pouco a pouco vai sendo moído.
Bata bem o açúcar com a manteiga ou margarina até formar um creme claro e fofo. Adicione os ovos, um a um, mexendo sempre.
Junte o milho batido e misture (aqui a mistura talhou, mas com a farinha ele volta a se ligar), depois a farinha de trigo peneirada com o fermento, alternando com o iogurte. A massa não fica muito líquida não.
Despeje a massa com cuidado na forma e leve ao forno médio até que, enfiando um palito no centro do bolo, ele saia limpinho.
Espere esfriar um pouco e desenforme. Sirva morno ou em temperatura ambiente. Delícia com um café!

Pãezinhos integrais (10/09/2006)


Depois de tantos elogios a este pão, não tive dúvidas de que era uma receita que eu precisava testar sem falta. A Karen do Kafka na Praia fez, a Ana do Kitchen Space também. Agora eu também entro na rodinha para confirmar que é uma DE-LÍ-CIAAAA! A massa é super fofinha e enquanto está assando, seu cheiro de grãos integrais invade toda a cozinha. Cheirinho de comida saudável! E o melhor de tudo, muito saborosa! Ótimo para o café da manhã! Sanduíches deste pão feito em forma de loaf devem ficar igualmente gostosos, com certeza. Receita aprovadíssima!


Pão integral

* copo medida de 200ml

3 xícaras de água morna
1 xícara de óleo
3 ovos
1 colher (sopa) de sal
1 xícara de açúcar mascavo
1 xícara de farelo de trigo (usei centeio)
1 xícara de gérmen de trigo
2 xícaras de farinha de trigo integral (fino)
2 xícaras de aveia em flocos ou farinha de aveia
2 colheres (chá) de fermento para pão seco
cerca de 1 kg de farinha de trigo comum

Misture o óleo, os ovos, o sal e o açúcar mascavo. Mexa e coloque o farelo de trigo, o gérmen de trigo e a água morna. Misture e acrescente o fermento, o trigo integral e a aveia. Misture novamente e vá colocando farinha de trigo até ficar uma massa dura, difícil de misturar com a colher. Despeje a massa numa superfície polvilhada com farinha, limpe bem a vasilha utilizada com uma espátula de pão e sove bem, por cerca de 10 minutos, sempre polvilhando mais farinha até que fique uma massa homogênea. Coloque a massa na vasilha levemente untada com óleo e cubra com filme plástico. Leve para crescer por aproximadamente 1 ou 2 horas ou até que dobre de volume. Divida a massa em três partes. Enrole o pão e coloque em assadeiras de bolo inglês untada com óleo. Cubra com filme novamente e deixe crescer por mais 1 ou 2 horas, até que a massa quase alcance a borda da forma, quase tocando o filme. Leve para assar em forno médio pré-aquecido por cerca de 40 min.

Observação: fiz meia receita e rendeu 14 pãezinhos de 100g cada um (mais ou menos o tamanho de um pão de hamburguer). O tempo de forno foi menor, cerca de 30 minutos, mas fique de olho pois fica dourado e você quase não percebe porque a massa crua já é escurinha.

Muffins de chocolate (05/09/2006)


Não sei se estes bolinhos podem ser chamados de muffins, pois seu modo de preparo é bem diferente do tradicional, mas vou intitular conforme a receita que peguei no site da Valrhona. Ponto a favor: a massa fica bem úmida e macia e o sabor de chocolate é bem pronunciado (êba para nós chocólatras!). Ponto contra: o müsli dá uma certa "mastigância" ao bolinho, não gostei muito. Não sei se o problema é a marca do müsli ou se é assim mesmo. Você já engoliu o bolo faz tempo e ainda está com pedaços de cereais na boca. Acho que preferiria uma textura crocante de nozes e passas ou framboesas frescas.

Muffins de chocolate

180g de chocolate em tablete meio amargo (61% de cacau)
50g de óleo com gosto neutro
4 ovos
70g de açúcar
70g de mel
160g de farelo de amêndoas
30g de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de fermento em pó
100g de müsli

Pré-aqueça o forno a 160oC.
Rende 12 forminhas de muffins.
Leve o chocolate e o óleo para derreter em banho-maria (coloque a tigela com chocolate numa panela com água quente mas a tigela não pode tocar na água) ou microondas. Reserve.
Bata na batedeira os ovos numa outra tigela. Junte o açúcar e o mel e bata mais. Acrescente o farelo de amêndoas e bata até ficar uma mistura esbranquiçada e fofa. Peneire a farinha com fermento e misture delicadamente. Despeje um pouco desta massa no chocolate e misture. Só então despeje o resto da massa e misture. Junte o müsli, mexa até incorporar à massa. Distribua nas forminhas de muffins e leve para assar por cerca de 20 minutos ou faça o teste do palito. Se sair limpo, estará pronto.

Bolo de limão e alecrim (04/09/2006)


Que delícia de bolo! Foi o que eu disse na primeira, segunda, terceira garfada... hummmm! A massa fica super úmida e macia! Meu receio fosse que o alecrim ficasse sobressaltado na massa mas, como disse a Karen, dá apenas um toque suave no bolo. Na receita fiz algumas alterações, que estão entre parênteses, mas creio que não é nada assim que mude radicalmente a receita. Talvez usando o pão branco, a textura fique mais firme.
Quis estrear minha assadeira em forma de margarida e como é cheia de reentrâncias, precisa ser muuuuuuito bem untada. Bom, a grande verdade é que não fiz direito a tarefa e o bolo teve que ser desenformado às colheradas! rsss
Ainda assim, consegui salvar um pedaço maior e tirar esta foto. Com certeza é um bolo que merece ser refeito e desenformado decentemente.


Bolo de limão e alecrim

55g de pão branco amanhecido (usei farinha de rosca do Japão)
100g de amêndoas sem casca (usei o farelo de amêndoas)
10ml (2 c chá) de folhas de alecrim fresco
200g de açúcar cristal
10ml (2 c chá) de fermento em pó
raspas da casca de um limão (usei o siciliano, amarelo, conforme pede a receita original)
200ml de azeite (usei o azeite extra virgem)
4 ovos batidos

Calda
suco de dois limões
125ml de água
60g de açúcar cristal
2 ramos de alecrim

açúcar de confeiteiro para enfeitar

Coloque o pão, amêndoas e as folhas de alecrim em um processador de alimentos e bata tudo até que fique o mais fino possível. Em uma tigela, junte esta mistura ao açúcar e ao fermento. Adicione as raspas de limão, o azeite e os ovos e misture bem.
Derrame a massa em uma forma de 22cm de diâmetro. Coloque no forno frio e ajuste a temperatura para 180C. Asse por 45-50min, ou até que o bolo doure e um palido inserido no meio da massa saía limpo. Deixe na forma por 5-10min para esfriar um pouco e depois desenforme sobre um prato.
Faça a calda aquecendo todos os ingredientes gentilmente. Mexa até dissolver o açúcar, eleve a temperatura e deixe ferver por 5 min. Deixe os ramos de alecrim na calda para dar mais sabor.
Faça furos no bolo e derrame a calda sobre toda a sua superfície. Deixe esfriar. Polvilhe o açúcar de confeiteiro com a ajuda de uma peneira e sirva com frutas cítricas com calda, berries e uma colherada de iogurte.

Dragon fruit ou pitaya (02/09/2006)

 

Tenho notado que ultimamente está mais fácil e acessível encontrar frutas tropicais nos mercados daqui. Há 10 anos atrás era praticamente impossível encontrá-las por aqui.
Depois de tantos modismos da culinária asiática, pouco a pouco, frutas tropicais vêm vencendo o preconceito e sendo incorporados nas sobremesas e doces daqui. Ponto para nós, que sentimos uma baita saudade dessas frutas!
Desta vez encontrei maracujás frescos por uma bagatela no mercado. Comprei todos os saquinhos!!!! Não pude deixar escapar esta chance!

Esta estranha fruta acima se chama Dragon Fruit aqui. É a fruta de um cacto e experimentei pela primeira vez quando fomos passear em Okinawa, uma província daqui. Escrevi um post a respeito deste passeio no nosso blog a 8 mãos Nos quatro cantos do mundo. Dêem uma espiada, se tiverem interesse em saber um pouco mais. Parece que no Brasil já têm plantadores desta fruta, mais conhecida como pitaya. Dentro lembra um kiwi mas a textura é bem mais leve e refrescante.

Outra coisa que achei, apesar de não ser fruta, foram beterrabas frescas e bonitas no mercado japonês. Nas lojas de produtos brasileiros encontramos sempre beterrabas mas invariavelmente estão velhas, cheias de fiapos por dentro.Comprei e fiz uma deliciosa salada. Costumo sempre preparar crua ou cozida, mas desta vez fiz assadas e amei seu sabor! Fica bem mais gostosa, sem perder sua cor linda! Descasquei as beterrabas e cortei em fatias. Salpiquei um pouco de água e um pingo de azeite e misturei bem. Despejei num refratário, cobri com alumínio e levei para assar em forno pré-aquecido a 200oC por uns 40 minutos. Deixe esfriar, corte e tempere a gosto.

Salada de grão de bico e queijo feta (02/09/2006)


Desde que vi esta salada no Trem Bom, não sosseguei até conseguir encontrar todos os ingredientes. Com tantos comentários a respeito do tal queijo feta, tinha que provar para saciar minhas lombrigas. Afinal, quando a Valentina fala "é bom", pode ter certeza de que é ÓTIMO!!!! E realmente é diferente de todos os queijos frescos que já provei, além de sua textura que se esfarela facilmente na mão e cremosidade.
É um queijo salgado, mas com um fundo azedo que casa muito bem na salada. Adoramos comê-la com fatias de pão italiano torrado! Arriscaria dizer que lembra levemente o queijo minas, daquele tipo que vem cheinho de furinhos e tem um cheiro e sabor azedado.
Coloquei todos os ingredientes pedidos na receita, recomendo colocar o coentro sem falta, pois dá um tchan no sabor que nenhum outro tempero dá. Única coisa que reduzi pela metade foi o azeite de oliva. Medi 200ml do óleo e fui colocando na salada e parei quando achei que já era o suficiente.
Ótima pedida para aquelas noites que você não está muito a fim de ficar horas pendurada no fogão e quer comer algo saudável e gostoso ao mesmo tempo!

Salada de grão de bico e queijo feta

250g de grão-de-bico seco cozidos sem casca ou 400g do enlatado

200ml de azeite de oliva

1 cebola roxa cortada em gomos

5 dentes de alho picados bem fininhos

1 ou 2 pimentas dedo-de-moça sem semente e picadas bem fininhas

250g de queijo feta esfarelado

4 cebolinhas verdes picadas – só a parte verdinha

25g de coentro bem picadinho

30g de salsinha bem picadinha

Sumo de 1 limão


Se estiver usandoo grão-de-bico seco prepare-o primeiro com um pouquinho de sal. Uma vez pronto escorra e o coloque numa saladeira e reserve. Esquente uma frigideira e ponha 3 colheres do azeite de oliva. Jogue a cebola e cozinhe gentilmente em fogo médio até que ela fique macia e meio dourada. Jogue o alho e pimenta e cozinhe juntamente com a cebola por mais alguns minutos até que você comece a sentir o cheiro do alho. Retire do fogo e deixe esfriar.


Esfarele o queijo feta e jogue-o na saladeira junto com o grão-de-bico. Em seguida acrescente a cebolinha, o coentro, a salsinha e o sumo de limão.Mexa bem. Jogue um pouco de pimenta-do-reino moída na hora e sal se achar necessário. Jogue a mistura da cebola com o alho e o restante do azeite de oliva e mexa tudo bem. Está pronta para ser servida!

Feriado de Obon (17/08/2006)


Para quem reparou no meu sumiço, estou de volta! O motivo foi o feriado de Obon aqui.Depois de ansiar durante o ano todo, finalmente o descanso de verão chegou! Uma semana inteira pela frente só de papo para o ar! Bom, planejamos descansar mas acabamos passando mais tempo tentando nos distrair ou divertir, afinal é verão e ficar em casa é a última coisa que queremos. Por mais que o calor esteja infernal lá fora e por mais fresco que esteja em casa com o ar condicionado ligado a todo vapor durante todo o dia, queremos mais é sair e curtir muito SOL!!!!!
Costumamos viajar nesse feriado ou senão aproveitar as praias, piscinas e rios da região. Desta vez começamos com uma boa churrascada num parque perto de casa, muuuuita carne e boa companhia, precisa mais? Thanks aos nossos familiares e amigos que estiveram presentes, foram momentos super agradáveis!

Depois disto, fomos para Nagano visitar minha mãe. Uma viagem de cerca de 4 horas pegando a auto-estrada. Por ser feriado, até que não encontramos grandes engarrafamentos. Fomos "bochi bochi" (sossegadamente), aproveitando a paisagem. Por aqueles lados têm montanhas para tudo quanto é lado, muito verde, ar puro (suspiro)...e fazendo pit stops nos pontos de parada ao longo da auto-estrada. Aqui tem um ponto de parada a cada 15 a 20km mais ou menos. Eles têm no mínimo banheiros e máquinas de refrigerantes e cigarros e outros, maiores e mais completos, têm postos de gasolina, restaurantes, barraquinhas de comida e souveniers. As pessoas aproveitam para esticar as pernas, dar um passeio com crianças ou cachorros, abastecer o carro e o estômago. Adoro parar nestes lugares, ficar observando os produtos, as comidas típicas da província pelo qual estamos passando, ver o movimento das crianças saltitantes, idosos caminhando lentamente, motoristas com ar cansado, mães equilibrando salsichas e refrigerantes para a família...

Nagano é uma província conhecida pelas uvas e pelo clima ameno no verão. As uvas estavam lindas nos parreirais, alguns até nas calçadas da cidade, como esta da foto acima. E ninguém mexe nas uvas, não! Agora quanto ao calor... bem, desta vez encontramos muuuuuito por lá. Dava para fritar um ovo no asfalto e mesmo à noite, era difícil pegar no sono por causa do calor. O ventilador zunia o dia todo mais a noite também, sem muito sucesso para tirar a sensação de mormaço.

 

Queríamos conhecer uma cidade da região chamada Kamikochi. Saímos só com a informação de minha mãe que era um lugar turístico muito comentado pelos japoneses da fábrica onde ela trabalha e era relativamente perto. Pegamos a estrada era quase meio-dia, pega uma estrada, pega outra e nada da cidade. Perguntamos numa loja de conveniência como chegar à cidade e ele nos informou que ainda tínhamos quase 3 horas de viagem pela frente. O quê????? Nem pensar, pois iríamos chegar só à noitinha lá. Quem manda acordar tarde??? rssss
Resolvemos perambular pela região e descobrimos um pequeno parque. Muitas ervas nos jardins, que apesar de secas, exalavam um cheirinho bom no ar. Havia também um museu e fomos conferir os quadros dos pintores da região. Adoro estar num museu de arte. Pode ser um programa de índio para muitos mas gosto do silêncio, da luz indireta, ouvir os passos ecoando pela sala e, é claro, apreciar os quadros. Muitas vezes não consigo captar a mensagem do artista, mas outros te prendem a atenção de uma maneira intrigante.

 
 

Trouxe o dobro na bagagem de volta, por conta das "pequenas comprinhas" que fizemos em Nagano. Aaaaamo as geléias de lá, simplesmente deliciosas, nada dessas geléias que parecem mocotó daí do Brasil (pelo menos as marcas que costumava comprar no mercado de São Paulo eram assim) e que no final viravam copo em casa...rs Tínhamos que abrir os copos com a ponta da faca, que coisa mais tosca e perigosa, lembram-se??? Isso me fez lembrar minha infância! Antigamente meu bolo de aniversário e dos meus irmãos eram recheados com geléia de morango e cobertos com merengue (clara em neve, açúcar e um pouco de suco de limão). Creme chantilly nem pensar! Naqueles tempos, o chantilly que conhecíamos era da Kibon. Os potinhos eram conservados no congelador junto com as latas de sorvete (alguém se lembra destas latinhas???) na padaria e o dia que podíamos comprar para comer com morango era uma festa só em casa! Hoje, fazendo o chantilly a partir do creme de leite fresco, vejo como meu paladar era modesto, mas agradeço de coração a minha tia que sempre se lembrou de fazer bolos para nós. Espero que depois de todos estes anos tenham melhorado a textura das geléias brasileiras, pois comer uma torrada quentinha com manteiga derretendo e geléia por cima é ótimo demais!
Voltando às minhas compras, as geléias de lá não perdem em nada das geléias caseiras, têm uma textura super leve e não são exageradamente doces. Trouxe também alguns vinagres, óleo de semente de uvas e mel. Achei umas farinhas de pão diferentes por lá também. Vocês devem pensar, oras farinha é tudo igual, ne? Mas tem diferença sim e gosto de experimentar tudo quanto é tipo que encontro. Cada uma se comporta de um jeito usando a mesma receita, é uma experiência diferente com cada uma. Se você gosta de fazer pão em casa e tiver a oportunidade de conseguir diferentes farinhas, tente fazer isso!
Achei pó de batata doce roxa! Estou pensando numas experiências com bolos e pães aqui, vamos ver se dá certo! Da minha mãe, ganhei esses kinkans cristalizados (laranjinhas de casca macia mas azedinha por dentro) que são ótimas de comer pura mas estou querendo fazer pães com eles também e uns docinhos de blueberries, parecidos com aquelas bananinhas cristalizadas do Brasil na textura (na verdade não sou muito chegada nesse doce de banana, gosto mesmo é de banana passa. Minhas amigas aqui não entendem como eu gosto dela, pois é super sem graça para elas! rs). Naquele parque de ervas encontrei pétalas de rosa secas para serem usadas em chá. Deve deixar um perfume delicioso, pelo menos eu espero! ;p
E finalmente as frutas! Como já disse, Nagano é a terra das uvas, mas também encontramos maçãs deliciosas assim como pêssegos enormes, super carnudos, doces e suculentos (você pode vê-las na foto atrás das maçãs). Estes pêssegos custam uma pequena fortuna aqui, mesmo na sua temporada. Os maiores custam cerca de US$ 3 cada um!!!!
As uvas são um show à parte. Para quem gosta desta fruta, aqui você encontrará muitas variedades e todas ótimas. Esta de bagos maiores e escuros se chama Kyoho e é um mel só! Seu suco é imperdível, mas comê-las geladinhas é bom demais!
Trouxe também do tipo Niágara (lado direito da foto), igual a que encontramos no Brasil e esta de bagos menorzinhos sem sementes (ao fundo da foto) que comemos em bocadas, como os imperadores romanos nos filmes americanos...rs


E aqui uma super novidade, pelo menos para mim. Pepino no palito!
Num dos pontos de parada vimos várias pessoas comendo uma coisa verde parecida com gelinho no formato. Ficamos intrigados e procuramos uma barraquinha que vendesse algo parecido. Era conserva de pepino espetada no palito! O "inventor" da idéia estava faturando bastante pois as pessoas não paravam de chegar na barraquinha. Resolvemos experimentar também e é.... gostoso! Bem crocante e curtido. Um bom petisco para quem gosta de beber.
É, acabou-se a doce vida... mas não o verão! Com trabalho ou sem trabalho, muitos dias quentes ainda estão nos aguardando!

Um toque refrescante para o verão! (05/08/2006)


Mais uma super dica da acupunturista, suco de shiso ou perilla. Nunca havia provado antes, simplesmente delicioso! Refrescante e ótimo para saúde. Para obter mais informações sobre essa planta, clique aqui (inglês) ou aqui(português).
Costumo comer o shiso verde, seja em tempuras ou junto com sashimi ou carne grelhada. Já o vermelho, achei que servisse apenas para colorir as conservas de ume. Que grande falta de informação, pois esta bebida é muito gostosa! Procurarei fazer sempre que for sua época de agora por diante. Adorei! Infelizmente o shiso vermelho é mais difícil de ser encontrado no mercado. São encontrados facilmente nas hortinhas caseiras dos velhinhos da região.
Fiquei tão encantada com esse suco que quis fazer o quanto antes. Deixei a vergonha de lado e com a maior cara-de-pau fui pedir umas folhas para uma senhora que cuidava de sua horta aqui perto! :P
Mas agora já encontrei um site que vende o shiso vermelho e já fiz minha encomendinha. Vai ter suco de shiso até o final do verão agora! Hummm!

Suco de shiso vermelho

100g de shiso vermelho
1/2 litro de água
suco de um limão
açúcar ou mel à gosto

Lave bem as folhas de shiso e deixe de molho por uns 10 minutos numa bacia com água. Troque a água umas 2 ou 3 vezes para tirar toda a areia.
Coloque as folhas numa panela junto com o meio litro de água e leve para o fogo. Quando ferver, deixe por mais 5 minutos. Tire com uma concha ou colher a espuma branca que for se formando na superfície.
Tire as folhas num escorredor. O líquido que for escorrendo coloque de volta na panela. Quando as folhas amornarem, esprema sobre a panela também. Quando o chá estiver morno, adoce à gosto. Misture bem. Você vai perceber que a infusão é de cor verde escura. É assim mesmo. A mágica se transforma quando é adicionado o suco de limão, o líquido vai adquirir essa cor vermelho-escarlate linda! Depois é só esperar esfriar e deixar na geladeira. Na hora de tomar, dilua com um pouco de água. Sirva com bastante gelo!

Bolo Suzy (02/08/2006)


O que falar deste bolo? Perdição? Pecado dos pecados da gula? Paraíso?
Já vi muitos comentários sobre essa receita do grande mestre patissiêr Pierre Hermé mas só experimentando para entender todos os elogios merecidíssimos a este bolo.
Sua textura lembra uma mousse, o bolo se derrete em sua boca! Agora entendo a importância de usar um chocolate de ótima qualidade. Fiz questão de comprar um Valrhona, só que usei o Araguany. Foi a primeira vez que comprei um chocolate desta marca, que delícia! Comi alguns a título de "experimentar" e quase não consigo parar de comer. Daqui por diante procurarei usar somente desta marca nas próximas receitas que pedirem chocolate em barra.
Como sempre, esta ótima sugestão veio da Valentina e já aviso que encomendei este livro "Chocolate Desserts" de Pierre Hermé. Li que este bolo foi criado em homenagem a uma modelo chamada Suzy. Que grande musa inspiradora!
É difícil de imaginar que esta receita seja tão simples, com tão poucos ingredientes e resultar nesta deliciosa sobremesa. Recomendo para todos os chocólatras de plantão!

Bolo de coco e banana (31/07/2006)


Encontrei o blog "Les délices de Reinefeuille" através do Kafka na Praia. Mesmo não entendendo o idioma me encantei com as fotos de todas aquelas delícias. Fui logo para a seção de doces e meus olhos se encheram de tantas guloseimas. Este bolo foi um dos que me chamaram a atenção. Coco e banana é uma boa combinação, pensei. Mas e para entender essa receita em francês??? Oh, meu Deus e agora??? Mas, olhando com atenção, fui deduzindo os ingredientes. Afinal, português e francês vieram da mesma fonte, latim, não é mesmo?
Acho que decifrei o suficiente para preparar este bolo, mas a receita que traduzo abaixo pode conter alguns erros de tradução. Se alguma de minhas amigas (Karen!! Renata!!!! Helpem-me!!!!). Bom, pelo menos, o resultado foi parecido com o bolo da Reinefeuille...rs
O bolo é bem simples de executar, nem de batedeira precisa, só uma tigela e um batedor de claras. Quer coisa mais prática do que isso?
Este bolo é muito saboroso! Logo depois de assado, ainda morninho, lembra um pudim. No dia seguinte, continua úmido e o gosto de banana fica mais acentuado. Recomendo para um chá da tarde!
A Reinefeuille fez algumas reduções no açúcar e no leite de coco em sua receita. Fiz como ela recomendou mas achei que faltou açúcar. Desta segunda vez, fiz seguindo a receita original e agradou mais ao meu paladar. Polvilhar um pouquinho de canela em pó sobre as bananas também deixa a massa mais saborosa!

Bolo de coco e banana

4 ovos
150g de açúcar
1 colher (chá) de baunilha
1 colher (sopa) de rum
100g de creme de leite ou leite de coco (usei leite de coco)
125g de farinha de trigo
1 colher (chá) cheia de fermento em pó
3 bananas
75g de manteiga sem sal
75g de coco ralado

Bata 2 ovos com 100g de açúcar. Junte a baunilha, o rum e o leite de coco. Acrescente a farinha de trigo peneirada com o fermento. Misture bem e despeje numa forma (usei uma redonda de 24cm) untada e enfarinhada. Espalhe as bananas em rodelas (não muito finas, cerca de 1cm) sobre a superfície da massa. Bata os outros 2 ovos com o açúcar restante (50g). Junte a manteiga derretida e amornada e o coco ralado. Misture e despeje sobre as bananas. Leve para assar em forno pré-aquecido a 160oC (na receita original pede 150oC mas para meu forno foi muito fraco) por 35 minutos ou até que fique douradinho. Se quiser, polvilhe coco em flocos por cima de tudo antes de assar.

Refogado de nigauri (30/07/2006)


Devido ao serviço, sofro de dores nos músculos dos ombros e pescoço. Praticamente fico olhando para baixo o dia todo e somente as mãos se movimentam. Tem horas que não sinto meu corpo de tão contraído que fica... ossos do ofício!
Por causa deste problema venho frequentando uma clínica de acupuntura faz alguns meses. A médica é muito gentil com suas agulhas, você quase não as sente. Saio de lá aliviada, leve e relaxada. Além disso, ela me dá muitas dicas de pratos japoneses. Esta é uma delas. O refogado não tem nada de diferente dos outros, mas quis colocar aqui para explicar como tirar um pouco do amargo do nigauri.
Nesta última vez, ela me deu alguns nigauris de sua horta. Nem preciso dizer que por terem sido colhidos no dia, seu sabor nem se compara com os comprados nos mercados. Quando você for comprá-los prefira os mais claros, são menos amargos e mais crocantes.

Refogado de nigauri

1 nigauri médio
3 fatias de bacon (usei presunto cru)
1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho picado
sal e pimenta do reino à gosto

Lave bem o nigauri e corte ao meio no sentido do comprimento. Com a ajuda de uma colher, tire as sementes e a parte branca que se parece com algodão. Corte em fatias nem finas nem muito grossas, cerca de 1/2cm. Coloque numa tigela e salpique cerca de 1 colher (chá) de sal. Misture com a mão e deixe por uns 5 a 10 minutos. Lave e deixe escorrendo. Coloque uns 600ml de água para ferver. Quando abrir fervura, jogue o nigauri e deixe por 5 segundos. Escorra e lave com bastante água fria. Deixe escorrendo.
Refogue o alho no azeite numa frigideira em fogo forte. Junte o bacon picadinho. Deixe fritando por alguns instantes. Junte o nigauri e tempere com sal e pimenta. Cuidado porque o bacon já é salgado. Mexa bem para envolver bem o nigauri com o azeite e tempero. Deixe refogando por 1 ou 2 minutos e coloque no prato de servir.

Nigauris que ganhei da acupunturista.

Makizushi (28/07/2006)


Nas minhas memórias, sushi sempre foi um prato de festa em casa. Lembro de minha avó preparando os ingredientes do recheio: cortando a cenoura, cozinhando o kampyô, fazendo a omelete doce, temperando o arroz e me pedindo para abanar enquanto ela misturava com cuidado para não quebrar o arroz e virar papa. O cheiro do vinagre de álcool era forte, daqueles odores que entram pelo nariz e parecem te sufocar, por vezes prendia a respiração nesta operação! rs
Depois ela passava as folhas de nori no fogo do fogão para que ficassem mais secas e saborosas. Era um processo rápido, vapt vupt senão as folhas poderiam pegar fogo. Também me preocupava se minha avó não iria queimar a mão fazendo isso, mas ela fazia numa calma impressionante, sabendo quanto tempo exato deixar no fogo.
Logo ela estava com sua esteirinha de madeira, preparando estes quitutes que todos saboreavam com enorme prazer, afinal eram poucas as ocasiões no ano que podíamos comer os "pneuzinhos", como chamávamos carinhosamente.
Foi só chegando aqui que descobri que sushi tem uma variedade enorme de formas e recheios, niguirizushi, makizushi, hosomaki, tirashizushi, uramaki... mas para mim, falar de sushi me traz imediatamente esta imagem, do arroz enrolado na alga, não tem jeito.
Minha avó preparava os recheios da maneira mais tradicional, com ingredientes clássicos da culinária japonesa. Já minha mãe prepara um sushi mais "moderninho"...rs Mais parece um sanduíche, mas adoro quando ela os prepara. Já faz um bom tempo que não como e estes dias me deu vontade de comer. E quando a vontade vem, preciso fazer! Resolvi arriscar a prepará-los, apesar de nunca ser bem sucedida, o recheio costuma sair em todos os lugares, menos no centro do rolinho!
Desta vez, até que eles não saíram mal de todo, só no finalzinho dos rolinhos eles ficaram meio bagunçados. O sabor também não estava ruim, mas creio que receitas como esta são daquelas que, por mais que você faça, por mais que existam milhões de receitas, vai sempre ficar aquele gosto das nossas lembranças de comida de avó, de mãe, que jamais será superado!

Makizushi

4 folhas de nori

2 copos de arroz japonês (copo medida de 180cc)
água suficiente para cozinhar o arroz

Tempero do arroz:
80ml de vinagre de arroz
1 colher (sopa) cheia de açúcar
1/2 colher (chá) de sal

Recheio:
1 cenoura média
1 pepino japonês
4 folhas de alface lisa
2 ovos
1 lata pequena de atum
2 colheres (sopa) de maionese
sal e pimenta à gosto

Misture todos os ingredientes do tempero do arroz e reserve.

Descasque a cenoura, corte ao meio no sentido do comprimento e depois em palitos grossos de mais ou menos 1 cm. Coloque numa panelinha e leve para cozinhar em água temperada com um pouco de shoyu, sal e açúcar. Deixe até ficar macia, mas não muito mole. Escorra e deixe esfriar.

Corte o pepino ao meio no sentido do comprimento e depois ao meio novamente.

Bata os ovos e tempere com um pouco de sal e açúcar. Faça uma omelete numa frigideira pequena, usando um pouco de óleo para untar. Procure não queimar a omelete preparando-a em fogo médio para baixo. Depois, corte em tiras de cerca de 1 cm.

Escorra o óleo do atum, despeje numa tigelinha e tempere com maionese, sal e pimenta.

Lava as folhas de alface e seque bem em papel toalha.

Cozinhe o arroz mas deixe-o levemente duro. Se você usar a panela própria para cozinhar arroz, coloque no modo "katame/sushi".
Depois de cozido, despeje numa bacia grande e larga, o ideal são vasilhas de madeira próprias para o preparo do arroz de sushi. Se tiver esta vasilha, umedeça previamente com água e despeje o arroz. Espalhe bem o arroz e despeje o tempero, espalhando também sobre todo o arroz. Se você tiver algum ajudante de cozinha, peça para que ele ou ela abane enquanto você mistura o arroz, envolvendo os grãos no tempero. Faça isso como se estivesse cortando o arroz. Se não tiver ajudante, simplesmente misture bem e cubra com um pano de prato úmido e deixe esfriar.

Abra a esteirinha de madeira (se não tiver, use um filme plástico ou folha de papel alumínio mesmo). Coloque uma folha de nori, com a parte brilhante voltada para baixo. Divida o arroz em quatro, peque 1/4 e coloque sobre o nori. Deixe preparada uma tigelinha com água perto e vá umedecendo a ponta dos dedos nela para espalhar o arroz sobre todo o nori, mas deixe livre, sem arroz, cerca de 2cm no canto de cima. Procure espalhar bem, não deixar lugares com muito arroz ou buracos. Coloque uma folha de alface sobre o arroz e vá colocando os demais recheios. Coloque-os bem no centro do quadrado de arroz, não vá tomar como ponto de referência o quadrado do nori! Agora vem a parte mais trabalhosa, o início do rolinho. Você precisa, com a ajuda da esteira de madeira, ir enrolando sem tirar o recheio do lugar, ao mesmo tempo em que vai levando a esteira para que esta não seja enrolada junto com o arroz. Vá com calma para que o recheio não acabe saindo para fora. Depois de enrolar o sushi, enrole com a esteira de madeira e faça uma pequena pressão em toda a volta para firmar o arroz. Pelos lados e com o dedo umedecido, aperte o arroz levemente para dentro do rolo. Desenrole a esteira, coloque numa tábua de cortar e, com uma boa faca umedecida, vá cortando o sushi. Primeiro corte ao meio, depois cada meio ao meio e por fim, cada 1/4 ao meio novamente. Na hora de cortar faça movimentos de ir e vir, não aperte. Procure limpar a faca a cada corte num papel toalha e umedecer novamente. Depois é só colocar num prato bonito e servir com conserva de gengibre.

Doce de abóbora com leite de coco (27/07/2006)


Estava com essa combinação na cabeça a semana inteira, abóbora com coco. Não sabia se fazia um bolo ou uma sobremesa. Decidi pela última, já que o calor está demais por aqui e adaptei uma receita que veio na embalagem de kanten (agar agar) de um doce de batata doce.
A textura do doce de abóbora é super leve, chega quase a derreter na boca e a calda de leite de coco geladinha casou muito bem. Uma sobremesa diferente da qual gostei muito!
As abóboras desta época estão extra cremosas e ainda pretendo fazer outras coisas usando este ingrediente, inclusive o bolo, não desisti desta idéia ainda!

Doce de abóbora com leite de coco

400ml de água
4g de kanten em pó
500g de abóbora kabocha com sementes e casca
uma pitada de sal
80g de açúcar

calda:
100ml de leite
100ml de leite de coco
leite condensado à gosto (usei cerca de 5 colheres de sopa)
1 colher (sopa) de licor de coco ou rum branco (opcional)

Misture todos os ingredientes da calda e deixe na geladeira.
Tire as sementes da abóbora assim como os fios. Corte em pedaços, disponha num refratário e cubra com filme plástico. Faça alguns furinhos com palito no filme e leve para cozinhar no microondas até ficarem macias.
Enquanto isso, coloque o kanten na água fria e leve ao fogo. Quando abrir fervura, coloque no fogo baixo e deixe cozinhando por 2 minutos.
Quando a abóbora estiver cozida e ainda quente, tire a casca e passe pela peneira. Coloque o sal e o açúcar e misture. Vá despejando a água com kanten sobre a abóbora aos poucos, misturando bem. Despeje numa assadeira umedecida com água. Se houver bolhas na superfície, estoure para ficar mais bonito.
Espere esfriar e endurecer, coisa de poucos minutos e corte em losangos. Despeje a calda gelada e misture com cuidado. Deixe na geladeira até a hora de servir. Se quiser, decore com raminhos de hortelã.

Abóbora kabocha assada (20/07/2006)


Adoro kabochá feito dessa maneira, fica cremosa e sequinha ao mesmo tempo. Vi a maneira de prepará-la num programa diário de culinária da NHK. Já tem um tempinho que vi essa aula e não me lembro mais quem foi a culinarista, desculpem-me, mas é um ótimo acompanhamento para carnes em geral. A ídéia é simples mas muito saborosa!

Kabochá assada

Pré-aqueça o forno a 180oC. Forre uma assadeira com papel manteiga.

Lave meia abóbora kabochá, retire bem as sementes e fios. Corte em fatias de 1cm e depois em cubinhos. Aqueça um pouco de azeite de oliva extra virgem (1 ou 2 colheres de sopa) numa frigideira grande. Jogue os cubinhos de abóbora e misture para envolvê-los no azeite. Tempere com sal grosso e pimenta do reino moídos na hora. Pique um pouco de alecrim seco e despeje na frigideira também. Misture levemente.

Despeje os cubinhos de abóbora na assadeira, espalhando-os bem. Leve para assar por cerca de 20 minutos ou até que fiquem ligeiramente dourados. Sirva em seguida.

Muffins de banana (20/07/2006)


Tem coisa mais prática e gostosa do que muffins? Esta é uma deliciosa receita que encontrei no site da BBC, preparada pela Jill Dupleix. Sua massa é fofinha e super cheirosa, do jeito que eu gosto! Acabei de assá-los para comer no café da manhã. Alguém está servido?

Muffins de banana

75g de manteiga sem sal derretida
250g de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de canela em pó
1/2 colher (chá) de noz moscada ralada (usei algumas pitadas de all spices)
uma pitada de sal
115g de açúcar (usei brown sugar)
2 ovos médios
125ml de leite
1 colher (chá) de baunilha
2 bananas maduras amassadas
10 nozes picadas grosseiramente (opcional)

Pré-aqueça o forno a 190oC. Prepare as forminhas de muffins, rende cerca de 10 bolinhos de 7cm. Peneire os ingredientes secos numa tigela grande e faça uma cova no meio. Numa outra tigela, misture os ovos, leite, baunilha, manteiga e bananas. Despeje no buraco feito com os ingredientes secos. Misture com um garfo apenas para agregar os ingredientes. Despeje nas forminhas e leve para assar por cerca de 20 a 25 minutos. Retire das forminhas e deixe esfriando sobre uma grelha.

Buta no shoga yaki ou porco com gengibre (20/07/2006)


Este prato é um dos mais populares nos restaurantes daqui e esta receita é, sem dúvida, uma das melhores que já fiz até hoje. Surpreendeu-me o sabor, apesar de todos os ingredientes fortes (alho, gengibre, cebola). O segredo está na maçã ralada que vai junto com esses ingredientes, dando um equilíbrio perfeito.
Já fiquei a salivar ao ver o programa Chubow desuyo!. E os comentários do convidado do programa e dos apresentadores só me fizeram antecipar o quanto antes o preparo desta carne.
Do que foi mostrado no programa e ao fazer em casa, a única coisa que achei diferente foi a quantidade de saquê na hora de flambar os bifes. Ficou muito líquido na frigideira, esperei secar tudo antes de juntar o tarê (molho), mas creio que não influenciou no resultado final, pois a carne ficou bem macia e envolta no tempero.
Recomendo sem pestanejar esta receita! Sirva com uma boa salada, arroz branco e missô shiru!

Butanikuno shooga yaki

6 bistecas de porco sem osso ou bifes de lombo (4 a 5mm de espessura)
sal e pimenta do reino à gosto

Tarê:
30g de alho
30g de gengibre
100g de cebola
60g de maçã
200ml de saquê
80ml de mirin
100ml de koikuchi shoyu (shoyu tradicional, mais escuro)

Acabamento:
farinha de trigo para pão (creio que pode usar a farinha comum, mas peneire sobre os bifes para que não fique cheio de bolinhas)
45g de banha de porco
120ml de saquê
210ml de tarê
cebolinha branca e verde picadinha

Dê alguns talhos em volta dos bifes cortando os nervos, pois assim eles não se dobrarão ao serem fritos. Polvilhe levemente com sal e pimenta do reino nos dois lados e deixe alguns minutos.

Rale o alho, gengibre, cebola e maçã. Leve o saquê e o mirin ao fogo alto e deixe ferver para evaporar o álcool. Desligue o fogo, junte o shoyu e os temperos ralados. Leve ao fogo médio e deixe ferver. Retire a espuma branca que se formar na superfície. Reserve.

Enxugue com papel toalha os bifes. Coloque-os numa bandeja e polvilhe farinha de trigo nos dois lados. Tire o excesso de farinha.
Aqueça a banha numa frigideira grande em fogo bem forte. Coloque os bifes e deixe fritar até dourar. Vire os bifes, coloque em fogo médio e deixe alourar levemente. Retire o excesso de gordura da frigideira com papel toalha. Em fogo forte, junte o saquê e deixe evaporar o álcool (eu flambei, virando a frigideira de lado até o saquê entrar em contato com o fogo, mas tome cuidado ao fazer isso porque sai um fogo relativamente alto!). Coloque em fogo baixo, tampe e deixe abafado por 1 minuto. Tire a tampa, aumente a chama e espere secar todo o líquido. Quando a carne estiver chiando sobre a gordura novamente, despeje o tarê e deixe aferventar. Coloque numa travessa e cubra com o tarê. Enfeite com as cebolinhas e sirva.

Muffins de blueberry (16/07/2006)


Aproveitando a época de blueberries, fomos colher algumas num pequeno sítio pelas redondezas. Mediante uma taxa, entramos no pomar e podemos comer à vontade essas frutinhas. Não foi tarefa fácil encontrar frutos maduros, a disputa entre nós e os insetos estava acirrada! rs Além disso, as árvores ficavam em morrinhos que nos obrigavam a subir por escadas íngremes ou nos equilibrar no terreno desnivelado (será que plantaram assim para desanimar o povo e, assim, não comer muito??? rs). Apesar disso e do calor infernal, acreditem, foi um passeio divertido! Na saída comprei uns blueberries, sim, comprar porque não se pode levar nada do pomar, só se pode comer lá nos pés, e resolvi fazer uns muffins. São tantas receitas mas acabei por fazer esses da Valentina desta vez. São simplesmente deliciosos! A massa macia se conserva assim mesmo no dia seguinte, só tome o cuidado de envolvê-los em filme plástico para não ressecá-los. E blueberries frescos têm um sabor completamente diferente dos congelados, com certeza! A Valentina não coloca na receita, mas pela foto, vi que ela acrescentou raspas de limão ou laranja. Aqui eu também coloco raspas de um limão, dão um sabor a mais nos muffins. Outra dica que peguei de um livro de muffins daqui: use uma colher de bolear sorvetes para colocar a massa nas forminhas, assim não faz aquela sujeirada quando se usa colheres comuns!



Muffins de blueberry


75g manteiga sem sal e em temperatura ambiente
200g farinha de trigo
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 colheres de chá de fermento em pó
75g de açúcar
uma pitada de sal
100g de iogurte e 100ml de leite desnatado
1 ovo grande
200g de blueberries


Pre-aqueça o forno em 200oC. Prepare as forminhas de muffins (rende cerca de 10 a 12 bolinhos de 7cm).

Combine todos os ingredientes secos numa vasilha e reserve. Derreta a manteiga e deixe esfriar. Enquanto a manteiga esfria misture os ingredientes líquidos. Acrescente a manteiga assim que esfriar. Faça um buraco no meio da vasilha com os ingredientes secos e derrame a mistura liquida. Com um garfo misture tudo levemente pois você quer somente combinar todos os ingredientes mas preservando a consistência encaroçada, que é uma característica do muffin. Jogue as blueberries e as raspas só no final. Divida a mistura pelas forminhas e leve ao forno por 20 minutos.




No começo não sabíamos qual colher e pegamos muitos azedos. Entre tentativas e muitas caretas depois, descobrimos que, apesar de terem o mesmo tom escurinho, os maiores são mais doces que os pequenos! Haja garimpagem! Não é à toa que essas frutinhas frescas sejam tão caras no mercado!

Pão de okara (16/07/2006)



Procurei receitas que usassem okará e encontrei essa no site do Embrapa. Simplesmente maravilhosa, super macia e saborosa! Adorei! A massa é bem fácil de trabalhar, só seguir as instruções que não tem erro. Vá adicionando a farinha aos poucos até que que solte das mãos, depois é só sovar bem. Quentinho com margarina é uma ótima idéia para o café da manhã ou lanche da tarde! Hummmm!

Pão de resíduo de soja

* a xícara usada foi de 200ml

Ingredientes:
Fermento:
- 3 colheres (sopa) de fermento de pão ou um pacotinho de fermento biológico (usei 10g do fermento seco para pão)
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 xícara (chá) de água morna

Massa:
- 1/4 de xícara (chá) de óleo de soja
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) rasa de sal
- 2 xícaras (chá) de resíduo de soja
- mais ou menos 5 xícaras (chá) de farinha de trigo comum

Modo de preparo:
Fermento:
Em um recipiente (bacia), dissolver o fermento com água e adicionar os demais ingredientes. Cobrir com plástico e, deixar em repouso para crescer, por 15 minutos.

Massa:
Misturar ao fermento o resíduo, o açúcar e o óleo. Adicionar aos poucos, a farinha de trigo, trabalhando a massa até que os ingredientes se unam e a massa se desprenda dos dedos. Sovar bem na mesa até ficar uma massa macia. Moldar os pães no formato desejado, dispôr em formas untadas e polvilhadas com farinha de trigo, deixar crescer por uma hora e, assar por 30 minutos em forno pré-aquecido(180oC).


Este é o resíduo de soja, okará!